Pela primeira vez na semana, os 40 minutos em que o Diário acompanhou Jorge Pozzobom foram no comitê de campanha, no Hotel Dom Rafael. Apesar da agenda ser interna e não na rua, Pozzobom correu de um andar para o outro entre os compromissos. Logo na entrada, havia aferição de temperatura e álcool líquido nas mãos de quem chegava e todos usavam máscara.
VÍDEO: participação de live, entrevista e o almoço de Cechin
O candidato se reuniu com um grupo de trabalho de saneamento ambiental composto por três pessoas. O encontro aconteceu no subsolo do comitê em tom bem humorado, inclusive com alfinetadas ao vice-prefeito. O local é também onde o tucano se prepara para debates e participa de lives, em frente a um painel da coligação e de frente para um apoio de celular e luzes.
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
O coordenador de campanha, Guilherme Cortez, passou pela sala durante a reunião. No final do encontro, o candidato a vice-prefeito, Rodrigo Decimo (PSL), chegou na sala. Em seguida, depois de uma pausa para "um golinho de água", os candidatos foram ao térreo para uma reunião com representantes de partidos. A assessoria era apressada para explicar a Pozzobom o que seria a reunião, e que o tempo ali "era curto".
O encontro foi em um salão ainda maior com 38 participantes dispostos em círculo. O distanciamento era respeitado, e as janelas mantidas abertas.
SOPA DE LETRINHAS
Havia representantes dos partidos da coligação (PSDB, PSL, PTC, PTB, Democratas e Podemos). Porém, também participaram membros do PSD, Republicanos, PSB, PCdoB. Também figuravam integrantes do PDT e Cidadania - que abriram apoio a Cechin - e do Solidariedade, que está coligado com o adversário do tucano.
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Os discursos tinham tom de gratidão pelo apoio e incentivo, sempre seguidos por palmas. Um dos participantes foi o presidente do PSDB gaúcho, o deputado estadual Mateus Wesp. Os participantes não tiravam a máscara para falar, mas utilizavam o mesmo microfone (que era higienizado), e passado de mão em mão.
Enquanto os discursos eram feitos, alguns participantes ouviam, outros se concentravam nas telas de celular. Pozzobom se dividia entre ouvir os discursos e escutar orientações do seu assessor. O vereador reeleito Manoel Badke (DEM) foi um que discursou. A matemática, para ele, é um compromisso com a campanha. Além do agradecimento, ele falou no dever de "cada um virar 20 votos".
O último discurso acompanhado pela reportagem foi o de Pozzobom. Ele repassou aos convidados que precisaria sair logo, mas teve tempo de criticar o adversário com acusações de "não saber nada sobre a pandemia" e "ter abandonado a prefeitura". O discurso foi quebrado por cinco segundos enquanto o atual prefeito procurava por uma caneta - símbolo da disputa entre ele e Cechin. O final da fala foi com a entrega do microfone e da caneta para Decimo.
CORRERIA E CRÉDITO
Pozzobom deixou o salão a passos rápidos, e retornou novamente ao subsolo. A estrutura montada era para ele participar de uma live com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS). Com apenas seis pessoas na sala, a preferência foi por ligar o ar-condicionado e fechar as janelas.
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Enquanto no salão acima os discursos seguiam em tons animados, e eram ouvidos até com as portas fechadas, o candidato tucano falou sobre patrimônio cultural e moradia na transmissão. Pozzobom não poupou elogios à regularização de imóveis no Bairro Nova Santa Marta, feita pela gestão do tucano, reforçou.
*Colaborou Leonardo Catto